Identificação de indivíduo totalmente carbonizado pelo estudo de minissatélites do DNA
Autores
Jobim L.F.; Fernandes, L.; Brandelli, K.; Gamio, F.; Jobim M.R. In: Jobim, L.F. Identificação Humana. Porto Alegre : Sagra Luzzato, 1999. 392 p. (Tratado de Perícias Criminalistas.)
Introdução
Laboratórios dedicados aos estudos forenses são muitas vezes solicitados a identificarem pessoas após desastres de avião ou automóvel, sendo que a dificuldade maior é o fato dos tecidos estarem carbonizados. No presente relato, o seguro exigiu o teste de DNA para a identificação do acidentado.
Material e Métodos
O DNA de uma pequena massa de tecido carbonizado da vítima, de amostras de sangue de seu possível filho e esposa foram extraídos pelo método fenol-clorofórmio, sendo que a seguir utilizamos a técnica de RFLP, após o tratamento do DNA com a enzima Hinf1. Os locos de minissatélites D1S7, D7S21, D12S11, D7S22 foram analisados com as sondas MS1, MS31, MS43 e G3.
Análise dos Minissatélites
Pode-se observar nos filmes de autoradiografia que o DNA do filho apresenta alelos de origem materna (M) e, sendo assim, os demais (P) são obrigatoriamente de origem paterna. O DNA do indivíduo acidentado apresenta todos os alelos de origem paterna do filho, confirmando sua a identidade.
Resultado e Conclusão
O indivíduo carbonizado pelo acidente automobilístico foi identificado pelo estudo de seus familiares. O estudo estatístico foi realizado após a digitalização dos alelos de DNA e utilização de software estatístico. A probabilidade de acerto em sua identificação foi de 99,998%.